Eosinofilia é uma quantidade maior que a normal de eosinófilos no sangue. Porém, antes de falar sobre eosinofilia vamos explicar o que são eosinófilos.
Eosinófilos são os glóbulos brancos (leucócitos) que estão presentes em seu sangue auxiliando o sistema imunológico no combate as doenças.
Voltando ao nosso assunto, eosinofilia não pode ser considerada uma doença e, sim uma resposta do seu organismo a uma doença. Como ela significa uma quantidade maior que a normal de eosinófilos é apropriada dizer que o organismo possui a presença de alguma célula parasita (vírus, bactéria, etc…) ou substâncias que causam reação alérgica.
Exame
O exame de eosinófilos é muito simples. É apenas um exame de sangue onde constam os valores para neutrófilos, basófilos, monócitos, linfócitos e os eosinófilos.
Anormalidades
Embora a eosinofilia não seja uma doença existem duas anormalidades que podem acontecer, são elas:
Síndrome Hipereosinofílica Idiopática
Neste caso acontece um aumento dos eosinófilos, sem nenhuma causa aparente, para mais de 1500 células por microlitro de sangue por mais de 6 meses.
Pode acontecer em qualquer idade e sexo, porém é mais frequente em homens com mais de 50 anos de idade.
Os sintomas dependem muito do órgão que possa vir a ser lesado (coração, pulmões, fígado, etc) podendo haver a perda de peso, febre, inflamações, dor de estômago, mal-estar geral, entre outras.
Para se iniciar o tratamento é necessário, em primeiro lugar, verificar se a doença não é causada por nenhuma infecção ou reação alérgica e, sim sem causa evidente. O tratamento é feito a base de medicação: prednisona e hidroxiureia. Mas de 80% das pessoas que fazem o tratamento completo sobrevivem. Por outro lado, 80% das pessoas que não realizam o tratamento vêm a falecer após alguns anos, principalmente de problemas cardíacos. Existem, ainda, as pessoas que não precisam fazer nenhum tratamento e só é exigido o controle por um período entre 3 e 6 meses.
Síndrome de Eosinofilia-Mialgia
Nesta síndrome a eosinogilia se combina com dores musculares, fadiga, dor articular, etc. O surgimento desta síndrome deu-se no início dos anos 90 por pessoas que tomaram uma grande quantidade de triptofano, um medicamento natural receituado pelos médicos para facilitar o sono. Porém, uma impureza no medicamento é a causa mais provável da síndrome.
A síndrome pode durar semanas ou meses após a interrupção do triptofano e causar lesões neurológicas permanentes e, em casos raros, a morte.
Até o presente momento não se conhece nenhuma cura recomendando-se a fisioterapia como tratamento.